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Eu sou um que quer que alguns de nós acordem, antes que o sol da existência lhes bata na cara a ressaca de um ontem mal aproveitado.

terça-feira, 17 de julho de 2012

O Axé Babou.

   

     Amigos, é com enorme pesar que confirmo uma catástrofe de enormes proporções na Bahia. A criatividade líteromusical acabou. O cataclismo teve início de forma despretensiosa quando um grupo de amigos sem noção, resolveram brincar de músícos e lançar o famigerado Gera Samba. Pronto. Estava decretado a falência da cultura e da poesia como ferramenta e ponte de manifestações criativas e inteligentes na festa mais  tradicional do povo, o nosso carnaval, reformulado por Dodô e Osmar quando inseriram o trio elétrico ( fobica ) nas ruas e de onde saiu  nomes como Caetano, Gilberto Gil, Pepeu, Boca de Cantor, Baby, Morais Moreira,Armandinho, Zé Honório, Luis Caldas, Netinho e tantos outros, que ajudaram a  escrever esta fantástica história.
     Quando os portões da mediocridade foram abertos por Luis Caldas e a sua composição; nêga do cabelo duro... sim, acreditem... foi ele o responsável, um efeito colateral aconteceu. Abriu-se um tipo de portal  das zonas inferridículas ( inferior com ridícula ) que trouxe toda a sorte de baboseira  musical. A banda ( ? ) precursora da tragédia foi o tal de  Gera Samba.
   Sou fã do Luis Caldas, ele é um excelente músico instrumentista e compositor,  mas na ( música? ) nêga do cabelo duro... rapaz....nesse dia, eu acho que ele fumou orégano. Pois bem, desse limbo, veio também, na boquinha da garrafa e tantos outros, que graças a Deus não me lembro os nomes, ou minha mente recusa-se a lembrar, que terminaram por implodir o movimento que existia em Salvador, nascido da junção de se saber fazer músicas e letras bonitas para animar a "nossa" festa. Com isso, o vácuo criado por este fenômeno ( o portal ) fundamentado pelo apoio das massas menos favorecidas intelectualmente, ( e ai a culpa é do governo mesmo ) incapazes de compreender além dos aê, aê, aê, ê, ê, ê, ê, ô, ô, ô, trouxeram coisas visivelmente niveladas por baixo como harmonia do samba, os sungas, os bambas, a bronka, etc e tals, afim de alimentar a turba de analfabetos que representa hoje  a grande maioria dos foliões e "artistas" nativos, e uma outra leva de não menos imbecís,  vindo de fora composta de dondocas, patricinhas e atores saradões que saem de lá da casa do caralho para brincarem de cacique na tribo dos outros, todos bancados por alguns espertalhões, que aos poucos foram tratando de privatizar e capitalizar a maior festa popular do mundo.
     Ao som dos tambores e de máscaras muito bem assentadas, diga -se de passagem, em nossos representantes, "estes convidados" chegavam e chegam de todas as partes do Brasil e do planeta afim de passarem uns dias aqui na terrinha se esbaldando ao som tribal de cacique negro que escancaradamente aceita presentes desta nova colonização e, à frente da sua tribo, ensaia passos capitalistas. Upa neguinho, Upa para gringo ver.
  -  Ora tio é uma festa.
  -  Sim , é, e como toda festa, tem bolo. Nesta altura do ziriguidum o que vale mesmo é cada um garantir o seu pedaço. Oxente! Faz qualquer coisa aí e reclama o seu.
    Resumindo compadre. Se a vaca está dando leite, pouco importa se quem planta o capim é Jesus ou Genésio. Quem poderia reclamar da qualidade tá na avenida ralando o peito no asfalto ou deslumbrados com a chegada da côrte, outros estão dançando alguma bobagem made in Bahia e quem tá de microfone na mão em cima do trio, acredita mesmo que; se  ficar se contorcendo até o chão, alguém pode até confundi-lo com um artista.
   Por estas e outras é que o axé babou.
   Como diziam os antigos. Quem muito se abaixa o *frasco aparece.
   Dessa overdose meus herois não morrem. Tenho dito.


                                                                  * cu ( Não há outra maneira de se dizer esta frase. )


Ass: Fala Malandro!

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