Língua de Cobrar resolveu postar aqui no blog, algumas informações relacionadas aos candidatos à Prefeitura da Cidade do São Salvador, afim de viabilizar um debate aberto quanto a melhor opção para nós. Opiniões de quem reside fora também serão bem vindas haja vista, sermos todos brasileiros e a democracia primar pela descentralização.
Nosso primeiro "convidado" a comparecer em nossa humilde página é o Srº Mário Kertész do Grupo Metrópole.
Abaixo algumas informações sobre o Srº Mário Kertész :
Mário Kertész é formado em
Administração de Empresas pela
Universidade Federal da Bahia, pós-graduado na
Espanha e na
França. Como professor, lecionou Introdução à
Administração na faculdade onde estudou,
UFBA. Fala 5 idiomas:
português,
francês,
espanhol,
inglês e
italiano.
Iniciou sua vida pública aos 22 anos, como chefe de gabinete do Secretário de
Finanças Luís Sande, na gestão do então prefeito de
Salvador,
Antônio Carlos Magalhães, no ano de 1967.
Na primeira gestão de
ACM como governador da Bahia (
1971-
1975),
Kertész, aos 26 anos, foi o primeiro titular da
Secretaria do Planejamento, Ciência e Tecnologia, sendo responsável pela implantação do
Centro Administrativo da Bahia, do Parque Metropolitano de Pituaçu e pela primeira etapa das obras de recuperação do
Centro Histórico de Salvador.
Foi chefe de gabinete de
ACM, quando este assumiu a presidência da
Eletrobrás, entre
1975 e
1978, e prefeito nomeado de Salvador (
1979-
1981)por
ACM em seu segundo governo.
Ao termino de seu mandado na Prefeitura de
Salvador, em
1981,
Mário Kertész rompe com o carlismo (designação do movimento político surgido na Bahia sob a liderança de Antonio Carlos Magalhães), filiando-se ao
PMDB, conseguindo fazer de sua então mulher,
Eliana Kertész, a vereadora mais votada de
Salvador em
1982.
Em
1985, derrotou o deputado federal
Marcelo Cordeiro na convenção do partido, tornando-se candidato à prefeitura de
Salvador. Em 15 de novembro do mesmo ano, foi eleito o primeiro prefeito de
Salvador por voto popular, com apoio da esquerda, após 23 anos do
regime militar.
Nessa segunda gestão, ajudou a eleger Waldir Pires
governador da Bahia em 1986, com o apoio de outros ex-
carlistas, como os então senadores
Luís Viana Filho e
Jutahy Magalhães, o então
deputado federal Ruy Bacelar e o ex-prefeito de
Guanambi,
Nilo Coelho, seu amigo de juventude, escolhido vice na chapa de um dos líderes do "grupo histórico" do
PMDB.
Articula a candidatura de
Gilberto Gil, presidente da
Fundação Gregório de Mattos, para a sua sucessão em
1988, vetada pelo governador
Waldir Pires. Por conta disso, aliou-se ao empresário do setor de comunicação Pedro Irujo para lançar a candidatura do radialista Fernando José à prefeitura da capital, eleito naquele pleito.
No ano seguinte,
1989, Fernando José rompe os acordos políticos, abandona projetos em andamento, rescinde contratos, interrompe obras e, com o apoio do
Jornal A Tarde, deflagra uma cerrada campanha contra
Kertész.
É novamente candidato à Prefeitura de
Salvador, em 1992. Perde a eleição para
Lídice da Mata e abandona a carreira política para se dedicar à iniciativa privada.
Atendendo ao convite do
PMDB, filia-se ao partido em 2011, e é lançado como pré-candidato a Prefeito de
Salvador, após 19 anos afastado da vida político-partidária.
Mário Kertész tem cinco filhos: Maria Eduarda (Duda), uma das poucas mulheres do
Brasil na presidência de uma empresa
[1] e, recentemente, capa da Revista Veja
[2], Francisco (Chico), diretor geral do
Grupo Metrópole, Sérgio, Mariana e Marcelo, que assina o projeto gráfico do
Jornal da Metrópole, sendo que quatro deles moram em São Paulo.
Mário Kertész foi
prefeito da cidade de Salvador por duas vezes. Sua primeira gestão, entre
1979 e
1981, foi como
prefeito biônico, indicado pelo então governador
Antônio Carlos Magalhães em seu segundo governo. As principais obras e realizações desta primeira administração são:
- Criação da Limpurb (Empresa de Limpeza Urbana do Salvador), responsável pela coleta de lixo da cidade e da Transur (Companhia de Transportes Urbanos de Salvador), todas em 1979. Mais tarde, a Transur seria extinta.
Voltou à prefeitura sendo eleito
democraticamente em 15 de novembro de
1985, já rompido com
ACM e considerado "a nova cara da oposição", com uma premiada campanha, idealizada pelo publicitário baiano
Duda Mendonça. Recebeu o apoio de
Waldir Pires, na época ministro da Previdência, e do então senador e correligionário
Fernando Henrique Cardoso, derrotado no mesmo ano em
São Paulo por
Jânio Quadros. Assumiu em 1 de janeiro de
1986 para um mandato atípico de 3 anos.
Foi nesta segunda administração que
Mário Kertész passou a ser conhecido pelas obras espalhadas por toda a cidade, projetadas por
Lina Bo Bardi e pelo arquiteto carioca
João Filgueiras Lima, o "Lelé", que revolucionaram a paisagem urbana. Dentre essas obras, pode-se citar:
- Palácio Tomé de Sousa, sede atual da Prefeitura de Salvador, construída em aço e vidro em 14 dias e inaugurada em 16 de maio de 1986;
- Instalação da Fábrica de Cidades, FAEC, numa área de 140.000 m2, com objetivo de produzir peças de argamassa armada em larga escala, destinadas à construção de diversos equipamentos comunitários com qualidade, rapidez e baixo custo.
Através da FAEC foram implantadas, em 3 anos:
Outras realizações nos 3 anos de gestão de
Kertész:
- Vias exclusivas para ônibus na Bonocô e na Vasco da Gama;
- projeto TMS (Transporte de Massa de Salvador), compreendendo uma série de obras de construção pesada destinadas ao VLT, conhecido como Bonde Moderno, considerado mais economico e eficiente que o metrô.
O
VLT teve como objetivo ligar a Estação da Lapa à Estação Iguatemi e esta à Estação Nova Esperança. Nessa gestão,
Mário Kertész construiu toda a base do VLT, cabendo ao seu sucessor a montagem das passarelas e a compra dos veículos. A obra foi interrompida na gestão de Fernando José.
- Criação, em fevereiro de 1986, da EMTURSA atual Saltur e da Prodasal (Companhia de Processamento de Dados de Salvador);
- Na área cultural, criou a Fundação Gregório de Mattos, em 1986, com o objetivo de valorizar, preservar e resgatar as artes em Salvador. Convidou o cantor e compositor Gilberto Gil para ocupar a presidência do órgão;
- Criou e executou o projeto Boca de Brasa, levando aos bairros carentes diversas apresentações, inclusive teatrais, através de palcos móveis.
Mário Kertész e a Assembléia Nacional Constituinte de 1988
Eleito presidente da
Associação Brasileira dos Prefeitos de Capitais, ABPC,
Kertész liderou, junto à
Assembleia Nacional Constituinte, o movimento que pugnava por uma maior participação dos municípios na arrecadação da União, que resultou nas conquistas finalmente asseguradas na
Constituição Federal de 1988.
Faec/Servia/Engepar
Durante a segunda gestão de
Mário Kertész a empreiteira Servia, por meio de concorrência pública, foi contratada pela
FAEC para fornecimento de material e mão de obra, sendo sucedida pela Engepar, do mesmo grupo. Antes do término do seu mandato, a Engepar muda de dono e Kertész decide rescindir o contrato com a empresa. Após o rompimento com Fernando José, seu sucessor,
Kertész foi sistematicamente atacado por supostas irregularidades nesta contratação, embora existissem contratos semelhantes com outras empreiteiras sem qualquer questionamento.
Dias após tomar posse, Fernando José contrata novamente a Engepar, porém sem uma concorrência pública e em agosto de
1989, Fernando José rescinde o contrato que havia celebrado, sem licitação pública, com a Engepar, fechando as portas da
FAEC, sem aviso nem acordo com os empregados. O então prefeito Fernando José sucateia a FAEC, empresa com excelência técnica reconhecida, responsável pelo projeto do primeiro
Hospital Sarah do Brasil, resultando em grande prejuízo ao patrimônio municipal. Instala-se uma grande crise e cria-se o fato político.
A respeito do caso Faec/Servia/Engepar,
Mário Kertész teve sua gestão investigada pelo Tribunal de Contas da União e, após inquérito, foi excluído de todos os processos, com a concordância da Procuradoria do Município na gestão de Fernando José, que não constatou nenhuma irregularidade nos atos de
Mário Kertész durante seu prefeiturado. Teve o caso reaberto pelo Ministério Público, em
1991, que reconheceu a inocência.
Experiência como radialista e a aquisição de rádios
Ainda como prefeito de Salvador, iniciou sua trajetória de
radialista (prestava contas da sua gestão) apresentando um programa de rádio em que divulgava os projetos e as obras da Prefeitura, uma vez que o projeto político que o levou ao Palácio Tomé de Souza, pela segunda vez, tinha com viés a aproximação do poder com o povo, o que foi sinalizado com o retorno da sede do governo à Praça Municipal, primeira praça dos três poderes do
Brasil. A interlocução com a população passou a ser feita por
Kertész através de programa transmitido em cadeia por diversas rádios.
Com a repercussão, a rede de comunicação passou a ser ameaçada e a maioria das concessionárias temia represálias. Nessa época,
ACM exercia o cargo de Ministro das Comunicações entre
1985 e
1990, sendo declarado inimigo político de
Mário Kertész.
De modo a garantir a execução do projeto político iniciado com sucesso, foram adquiridas, por um grupo liderado por Alceu Lisboa, empresário da área de
educação, três rádios que então passavam por forte crise financeira, agravada, pela enxurrada de concessões distribuidas no governo Sarney.
Com a decisão de
Kertész de abandonar a carreira política, interrompendo assim o projeto, o grupo liderado por Alceu Lisboa perdeu o interesse em manter as rádios, vendendo-as em seguida. A família de
Kertész adquire as emissoras, desfazendo-se pouco depois da
Rádio Itaparica FM e levando à negociação a Rádio Clube com a
Assembléia de Deus, que não vingou. É mantida a Rádio Cidade, atual
Rádio Metrópole. Novos projetos foram lançados mais tarde, incrementando seu empreendimento jornalístico: a revista Metrópole (
2007), o Jornal da Metrópole, tabloide distribuído gratuitamente nos principais pontos de Salvador (2008) e até a
TV Metrópole, existente apenas no site da rádio.
[3] Nesse período, Kertész conclui o curso de radialista.
Jornal da Bahia
Presidido por seu fundador, João Falcão, militante comunista, o jornal da Bahia nasceu e cresceu como oposição à ditadura e a Antônio Carlos Magalhães. Entrou em declínio quando foi vendido, em 1983, ao próprio
ACM, que sempre fez de tudo para fechá-lo. O fim da ditadura militar e a venda ao principal opositor, fez com que o Jornal da Bahia perdesse aquilo que seduzia e estimulava seus leitores, o que agravou sobremodo a sua já combalida situação financeira.
Em 1990, em meio à crise, os acionistas resolveram contratar um executivo fora do seu corpo administrativo.
Mário Kertész foi eleito em assembléia para o cargo de Presidente da Diretoria Executiva, com mandato de 2 anos, sendo reeleito uma única vez.
Nesse período, entre
1990 e
1994,
MK, seguindo o exemplo do
jornal Notícias Populares de
São Paulo, mudou a linha editorial do Jornal da Bahia, tornando-a mais popular, ao tempo em que reduziu o número de páginas e instalou sua redação no mesmo prédio da então Rádio Cidade, como forma de reduzir custos.
Tais esforços foram praticamente anulados pela profunda recessão economica que se abateu sobre o País, resultado da hiper inflação (1.200% a.a) deixada pelo Governo
José Sarney e pelo confisco monetário decretado no Governo de
Fernando Collor, fatores determinantes para o fechamento do jornal em fevereiro de
1994.
O nome Jornal da Bahia, mais tarde, acabou sendo utilizado exclusivamente por ele num dos programas da grade da rádio Metrópole FM.
Fonte ; Wikipedia, Google e Internet.
OBS : Língua de Cobrar avisa que a intenção do blog é o de agrupar informações em um único site afim de facilitar a pesquisa por parte dos possíveis interessados. Neste momento, o blog não exerce a função de inquiridor e o de tentar ser mais uma ferramenta de transformação de realidades indesejáveis, postergando este papel para um futuro próximo, quando assumir o posto, quem de direito.
Ass: Fala Malandro!